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Pequenas mudanças de atitudes podem
transformar o mundo

O desenvolvimento sustentável é uma premissa que a sociedade precisa encarar com o máximo senso de responsabilidade.

Esta é uma iniciativa adotada pelo Lloyd internamente e especialmente junto a seus clientes.

Em nossos serviços de administração de condomínios, procuramos orientar ao Síndico e aos moradores para que sejam adotadas medidas socialmente justas, que valorizem o bem-estar humano, que impeçam a existência de qualquer tipo de preconceito e que sejam capazes de poupar recursos, uma vez que as necessidades do presente não podem comprometer as gerações futuras.

Deste modo, orientamos a todos sobre programas de reciclagem, sua aplicação nas residências e condomínios, assim como a redução e o reaproveitamento de resíduos. Também nos dedicamos a apresentar soluções para reduzir o consumo de água e seu desperdício, ou mesmo a correta utilização de produtos químicos.

Coleta Seletiva

Este Guia de reciclagem traz o passo-a-passo da implantação e gerenciamento de um programa de coleta seletiva em condomínios.

Para facilitar a comunicação com os condôminos, no final desta matéria você encontra cartazes para serem impressos e afixados nas áreas comuns. E para o escoamento do material coletado, o Guia traz uma lista com cooperativas de catadores e empresas que compram material reciclável.

Coleta Seletiva

Preserva a natureza: as matérias-primas são reaproveitadas. Por exemplo: um fabricante de papel que usa material reciclado vai cortar menos árvores para sua produção.

Melhora a cidade: um dos maiores problemas urbanos atualmente é onde colocar o lixo recolhido. A coleta seletiva deixa para o lixeiro apenas os restos orgânicos, responsáveis pela menor parte do volume.

É fonte de receitas: para o prédio, se o material for vendido; para cooperativas de catadores ou para entidades de assistência.

Reciclagem de hábitos. No Brasil, estima-se que 150 mil pessoas vivem exclusivamente da coleta e venda de latinhas de alumínio.

A formação de cooperativas de catadores tem sido uma forma mais digna de viver para pessoas de baixa renda, que muitas vezes trabalhavam em “lixões”, de forma perigosa e insalubre.

O Brasil produz 70 mil toneladas/ dia de lixo domiciliar. 76% são lançados a céu aberto, 10% em lixões controlados, 9% em aterros sanitários e apenas 2% é reciclado.

A cidade de São Paulo gera em torno de 12.500 t/dia de lixo. Quase metade desse volume é passível de reciclagem, conforme estudo do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre).

A cada quilo de alumínio reciclado, cinco quilos de bauxita (minério de onde se produz o alumínio) são poupados.

A reciclagem de uma única latinha de alumínio economiza energia elétrica suficiente para manter um aparelho de TV ligado durante três horas.

Fontes: Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), Instituto de Pesquistas Tecnológicas (IPT) e Latasa.

Montando o sistema de coleta em 3 passos

Cada um dos quatro passos (infraestrutura, escoamento, treinamento de funcionários e comunicação com condôminos) é fundamental para que a coleta seletiva funcione no seu condomínio.

1º passo

Prepare a infra-estrutura

  • Pequenos e médios condomínios: se possível, providenciar uma lixeira para material inorgânico (reciclável) para cada andar. Não será necessária a separação por tipo de material (vidro, papel, metal, plástico) se os recicláveis foram coletados por uma cooperativa de catadores, que provavelmente realizará esta seleção posteriormente.

  • Grandes condomínios: providenciar um ou mais conjuntos de 4 recipientes de coleta (para papel, plástico, vidro e metal), a serem instalados em locais estratégicos no térreo ou garagem.

  • Sacos de farinha: vendidos em padarias, estes sacos são mais resistentes que os de material plástico, e mais indicados para os latões de vidro e metais.

  • Espaço de armazenagem: deve ser amplo o suficiente para juntar material durante pelo menos uma semana, ou pelo tempo necessário para criar um estoque que a empresa compradora recolha no local. Não pode ter infiltrações e água empoçada. Se possível, armazenar o lixo comum e o reciclado em depósitos diferentes.

  • Perigo de incêndio: não acumular muito material reciclável, pois papel e plástico são altamente combustíveis. Não os deixe próximos a instalações elétricas.

  • Aparelho para amassar latinhas de alumínio: as latinhas ocupam muito volume; este aparelho reduz o problema. Lixeiras com rodas podem substituir uma lixeira e um carrinho de mão.

  • Luvas e botas para os funcionários que farão o transporte interno, e/ou a seleção posterior do material. Os materiais recicláveis são os que mais podem causar ferimentos, principalmente no caso de vidros e latas.

2º passo

Planeje o escoamento do material

É fundamental que o escoamento seja bem planejado para que a coleta seletiva não “faça água”. É importante não acumular material demais, e ter um destino fixo para o que for coletado.

  • Cooperativas de catadores: esta alternativa é mais indicada para pequenos e médios condomínios, que têm dificuldade de acumular uma quantidade mínima pela qual uma empresa compradora de sucata se interesse.

  • A vantagem é a praticidade: todo o material é levado de uma vez pelo catador, sem necessidade de contato com várias empresas. Neste caso, muitas vezes nem é preciso separar o material coletado em tipos (vidro, papel, plástico, metal), pois esse trabalho é feito pela cooperativa. Ou seja, basta haver uma lixeira para material reciclável (também chamado de inorgânico) e outra para o lixo orgânico, este levado pelo lixeiro. Caso o condomínio opte por este sistema, é interessante que haja uma lixeira para coleta seletiva em cada andar.

  • Compradores: há empresas que compram material reciclável, e o recolhem no local, a partir de uma certa quantidade. Esta alternativa é interessante para condomínios de grande porte.

  • Postos de entrega voluntária: boa opção para moradores de condomínios onde não há coleta seletiva, ou para condomínios que não conseguiram acordos com cooperativas ou compradores.

3º passo

Treinamento com funcionários

  • Condomínios de pequeno e médio porte. Os procedimentos da coleta seletiva neste caso são muito simples; é preciso apenas alertar os funcionários de que: – O lixo reciclável não será colocado na porta do prédio, mas sim retirado por uma empresa, entidade ou catador. – No caso de o condomínio realizar a coleta separada por tipo de material (papel, plástico, metais, vidro), não misturar os materiais no armazenamento.

  • Condomínios de grande porte. Se o material coletado for vendido a empresas recicladoras, pode ser necessário fazer uma nova separação do material após a coleta. Algumas recicladoras compram “pets” (garrafas plásticas de refrigerante) separadamente dos outros plásticos; outras compram embalagens longa-vida separadamente dos papéis; o mesmo acontece com papelão e latinhas de alumínio (bebidas). Neste caso, é preciso orientar todos os funcionários envolvidos sobre os tipos de materiais.

Muitos condomínios de médio e grande porte que realizam a coleta seletiva destinam a receita gerada pela venda do material a gratificações para os funcionários.

4º passo

Comunicação com os condôminos

  • É fundamental que todos os moradores saibam que há coleta seletiva, e que percebam como é simples. No entanto, em condomínios residenciais a participação das faxineiras e empregadas domésticas das unidades é ainda mais importante. A maior parte do lixo se origina na cozinha, e quem cuida do descarte, em geral, são elas. Por isso, quando a coleta seletiva for iniciada, pode ser interessante convocar uma reunião com as empregadas, para uma explicação simples e objetiva sobre os procedimentos. Clique aqui para uma sugestão de roteiro para esta reunião.

  • É muito importante explicar a todos, condôminos e empregadas, que os materiais recicláveis devem estar livres de restos de alimentos ou bebidas, senão será impossível estocá-los (por questões de higiene) e repassá-los (as empresas não compram). Para isto, basta passar uma água na embalagem para eliminar os restos.